O gás radão é de origem natural, inodoro,
incolor e insípido (não detetável pelos nossos sentidos), radioativo, cujos
átomos se desintegram originando outros elementos também radioativos. A
proveniência deste gás deve-se a pequenas quantidades de urânio e rádio
presentes nos solos e rochas e, consequentemente, nos diferentes materiais
usados na construção.
Quais os fatores que influenciam a presença de radão no
ar interior e qual o seu perigo?
No ar interior o
tipo de construção, materiais utilizados, ventilação dos espaços e variação
sazonal são fatores que influenciam os níveis de radão. Sendo o radão
considerado o principal contribuinte para a exposição da população às radiações
ionizantes, identifica-se o risco radiológico associado, sobretudo, aos seus
descendentes sólidos (polónio, bismuto, chumbo) que, formados no ar, ao serem
inalados irradiam os tecidos do pulmão causando danos pelas radiações emitidas
podendo induzir o desenvolvimento de cancro.
Depois de saber um pouco mais sobre o radão passámos à prática e começamos a nossa atividade:
Deteção de partículas Alfa com o detetor CR39
Nesta atividade
recorre-se ao detetor CR39 para obter resultados de concentração de radão pela
deteção dos decaimentos do mesmo. O núcleo do átomo de radão (222Rn) decai para
polónio (218Po), com a emissão de uma partícula-α que vai deixar uma marca no detetor CR39 (uma placa acrílica).
Neste trabalho
pretendemos avaliar a concentração de radão presente em diferentes espaços com
características específicas da nosssa escola, para o
que dispomos de dez detetores CR39, colocados nesses espaços durante um mês e vinte e oito dias.
Os locais e os respectivos impactos foram os seguintes:
Os locais e os respectivos impactos foram os seguintes:
Área
de visualização: 2.01 mm2
Área de detetor: 100
mm2
Após este período de tempo, por aplicação da expressão em baixo , em que C é a concentração de radão (Bq/m3), D é a densidade de traços (número de
traços/m3), fc é o fator de calibração, Δt é o tempo de exposição é permitido determinar a
concentração de radão em cada espaço físico. Obteve-se assim uma estimativa da
concentração de radão e comparou-se os valores obtidos para diferentes
localizações do detetor na Escola.Os valores obtidos nos diferentes locais foram:
Local
|
Número de impactos
|
Concentração
| |
100 mm2----total de impactos
|
| ||
Arquivo Morto
|
≈995
|
182.94
| |
Ginásio
|
≈497
|
91.3
| |
Direção
|
≈298
|
54.79
| |
Reprografia
|
≈298
| ||
Laboratório
|
≈647
|
118.96
| |
Sala de Informática
|
≈448
|
82.37
| |
Sala de Aula
|
≈398
|
73.17
| |
Bar
|
≈298
|
54.79
| |
Biblioteca
|
≈780
|
143.41
| |
Refeitório
|
≈241
|
45.78
|
Foi uma experiência muito divertida em que todos demos o nosso melhor para que tudo corresse bem.
Tal como prensávamos inicialmente o Arquivo morto é o que apresenta mais impactos mas para nossa surpresa, o refeitório apresentou menos ao contrário do que nós pensávamos que era, ou seja, o bar.
Ficam aqui algumas fotografias relativamente à experiência:
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